Tema: A ciência e os cientistas nas plataformas de mídias sociais: influência, confiança e circulação de conhecimento científico em perspectiva sociotécnica.
Coordenação: Professora Doutora Verônica Soares da Costa | Integrante: Giovanna de Souza Almeida Silva
Descrição: Esta proposta de pesquisa visa acompanhar, analisar, debater e refletir sobre os modos como cientistas, pesquisadores, jornalistas e divulgadores científicos se apropriam das lógicas de comunicação nas plataformas digitais para falarem de ciência a públicos diversos e conectados em rede. Em muitos casos, a produção de conteúdo por parte dessas figuras popularmente conhecidas como influenciadores digitais tem suprido a lacuna de consumo de informação noticiosa acerca dos acontecimentos científicos da atualidade, a partir da repercussão que alcançam em diversos dispositivos midiáticos, frequentemente prescindindo dos meios tradicionais de informação jornalística, e emergindo como formadores de opinião nas redes sociais digitais. Esse movimento de construção de presença digital dialoga e negocia cotidianamente com as lógicas próprias das plataformas e de suas empresas proprietárias. Ao discutir as plataformas de mídia social e promover investigação sobre como funcionam algoritmos e tecnologias mediadoras em diferentes ambientes digitais, assume-se a hipótese de que o conhecimento científico, por si só, não é mais suficiente para a efetividade e eficiência da comunicação da ciência na internet, uma vez que a sobrecarga de informações e os efeitos da infodemia desde a pandemia de covid -19 indicaram a necessidade não apenas de falar sobre assuntos com base científica, mas também saber se destacar em um vasto universo de conteúdo online..
Tema: Jornalismo digital e colonialidades do saber e do poder: um estudo a partir do jornalismo científico
Coordenação: Professora Doutora Verônica Soares da Costa | Integrante: Helena Fernandes Tomaz
Descrição: Desde a pandemia de covid-19, a Ciência ganhou espaços privilegiados, prevalência na abordagem de pautas jornalísticas e impulsionou profissionais das mais diversas áreas no relato de acontecimentos direta ou indiretamente relacionados às questões científicas desencadeadas pelo novo coronavírus. Muito além das páginas das editorias específicas, ou de programas especializados, o conhecimento científico passou a ser apresentado também nos espaços de política, economia, cultura, dentre outros, destacando a presença da ciência em espaços, vivências e experiências até então pouco explorados sob esse viés. Passados os anos mais intensos de isolamento social, com a chegada das vacinas e a queda no número de mortes por covid-19, o tema poderia ter perdido espaço na cobertura midiática cotidiana, mas a ciência permaneceu. Outros surtos de menor impacto global, como a m-pox, ocuparam os jornalistas na cobertura da interface entre ciência e saúde, e também as crises socioambientais, como o genocídio dos povos yanomami, e a catástrofe climática que se acentua ano após ano, têm mobilizado pesquisadores e jornalistas no diálogo em busca de soluções e abordagens mais complexas de tais questões, que podem ser sempre narradas de um ponto de vista científico. Diante desse cenário, e propondo não se restringir a temas e temporalidades específicos, desenvolve-se a questão norteadora deste estudo, que parte da seguinte inquietação: como o jornalismo nativo digital, seja aquele caracterizado como jornalismo científico, ou outras editorias que tratam das ciências em suas narrativas, apresenta questões relacionadas às ciências em suas interfaces com outros temas como a política, aspectos sociais, econômicos e culturais? E como essa abordagem considera os contextos sócio-históricos que possibilitaram à Ciência se estabelecer ao longo de vários séculos como espaço privilegiado de uma prática de domínio de saberes masculina e colonizadora?.
Tema: Comunicação, Jornalismo e Colonialidades do Saber e do Poder: Dimensões teóricas, metodológicas e analíticas
Coordenação: Professora Doutora Verônica Soares da Costa | Integrante: Maria Eduarda Gonzaga
Descrição: Este projeto propõe investigar como as colonialidades do poder e do saber atuam nas estratégias narrativas de produtos e processos comunicacionais e jornalísticos, moldando inteligibilidades de acontecimentos, personagens, temporalidades e demais elementos da composição de notícias, manifestações culturais e divulgação das ciências. Importa, ainda, identificar dimensões éticas, políticas, econômicas, culturais, ideológicas e comportamentais que são dadas a ver ou são ocultadas pelas colonialidades em suas reverberações sobre produtos e processos comunicacionais e jornalísticos, em múltiplas materialidades. Especificamente, serão investigados fenômenos como violências físicas e simbólicas contra mulheres motivadas por relações de gênero em narrativas noticiosas; aspectos teóricos e metodológicos das colonialidades do poder e do saber em suas interconexões com o jornalismo; dimensões de tradicionalidade no cordel produzido por uma poeta negra; a divulgação das ciências com foco nas relações de gênero; e as temporalidades como fenômenos que colocam em cena o direito ao tempo. O problema central que dá coesão à pluralidade das investigações propostas encontra-se na identificação das estratégias das colonialidades do poder e do saber, fundamental para reconhecer atravessamentos e para a elaboração de estratégias que permitam sua superação. Parte-se da hipótese de que as colonialidades atuam de forma disseminada sobre produtos e processos comunicacionais e jornalísticos, ficando o desafio de perceber as nuances aí implicadas. Percebemos essas dinâmicas a partir dos modos como os acontecimentos e as personagens são acionados, por exemplo, no reforço de estereótipos de fundo racista, misógino, homofóbico etc. Metodologicamente, o projeto se assentará em análises de textualidades e em revisões teóricas e metodológicas, com abordagens globais e específicas para cada investigação inserida no escopo geral do projeto. O projeto foi aprovado no âmbito da Chamada CNPq/MCTI/FNDCT Nº 18/2021 – UNIVERSAL, com recursos de R$ 42.314,00 e é desenvolvido por uma equipe multi e interinstitucional, com participação docente, pela UFMG, de Carlos Alberto de Carvalho e Phellipy Pereira Jácome, pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, de Verônica Soares da Costa, pela Universidade do Maranhão, de Maria Gislene Carvalho Fonseca, e pela Universidade Federal do Tocantins, de Cynthia Mara Miranda…
Tema: Intimidação e perseguição a jornalistas no Brasil
Coordenação: Fernanda Nalon Sanglard | Integrante: Bruna Silveira Martins de Oliveira
Tema: Desinformação e censura à imprensa brasileira
Coordenação: Fernanda Nalon Sanglard | Integrante: Marina Mesquita Camisasca
Descrição: Identificando lacunas nos estudos de comunicação política acerca da censura articulada à desinformação como elemento importante das recessões democráticas, busca-se responder à questão: De que modo a circulação de desinformação está atrelada aos ataques e censura a jornalistas e grupos de mídia? Por meio de coleta de dados em periódicos de circulação nacional e sites noticiosos do mainstream, a pesquisa objetiva localizar casos de censura, violência e hostilidade contra a imprensa, jornalistas e profissionais de mídia no Brasil noperíodo de 2017 a 2022.
Tema: Práticas censórias e liberdade de expressão no Brasil
Coordenação: Fernanda Nalon Sanglard | Integrante: Eduarda de Abreu Oliveira
Descrição: Este projeto visa à realização de pesquisa no campo da comunicação que envolva reflexão acerca dos conceitos de censura e liberdade de expressão, tópicos que têm estimulado debates acirrados nas esferas públicas recentemente, especialmente nas plataformas de mídias sociais. A ideia central é apreen der os casos de cerceamento à liberdade artística que estimularam disputas de repertório e debates nos veículos de comunicação e na sociedade civil.
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