Projetos

Confira os projetos do Grupo Bertha:

Coordenação: Professora Doutora Verônica Soares da Costa | Integrante: Giovanna de Souza Almeida Silva

A ciência e os cientistas nas plataformas de mídias sociais: influência, confiança e circulação de conhecimento científico em perspectiva sociotécnica.

Descrição: Esta pesquisa analisa como cientistas, pesquisadores, jornalistas e divulgadores científicos usam plataformas digitais para comunicar ciência a públicos diversos. Influenciadores digitais têm suprido a falta de informações científicas nos meios tradicionais, emergindo como formadores de opinião nas redes sociais. O estudo investiga como esses influenciadores negociam com as lógicas das plataformas digitais e suas empresas proprietárias. A pesquisa discute o funcionamento de algoritmos e tecnologias mediadoras, partindo da hipótese de que o conhecimento científico, sozinho, não é suficiente para uma comunicação eficiente na internet. A sobrecarga de informações e a infodemia durante a pandemia de covid-19 mostraram a necessidade de destacar conteúdos científicos em um vasto universo online.

Coordenação: Professoras Doutoras Fernanda Nalon Sanglard e Nara Lya Scabin

Integrantes: Amanda Rodrigues Pena e Ana Luiza de Souza

Agência de fomento: Fapemig APQ-02050-24

Situação: Em andamento (2025)

Debate público e ameaças à liberdade de expressão e imprensa

DescriçãoO objetivo da pesquisa é compreender o debate público e as disputas de sentido promovidas em plataformas de mídias sociais e sites noticiosos acerca da noção de liberdade de expressão e de imprensa, considerando também o papel desempenhado por jornalistas nesse processo. O recorte temporal da pesquisa para a coleta de dados é um período de cinco anos entre 2017 e 2022. A proposta envolve discutir os mecanismos de intimidação utilizados para tentar coibir atuação de meios de comunicação e profissionais de mídia no Brasil. Para isso, será realizado levantamento nos principais jornais da mídia mainstream, além da coleta de dados sobre as discussões travadas no ambiente digital, mais especificamente em plataformas de redes sociais, visando compreender como o tema da liberdade de expressão é debatido e identificar casos de censura, ataque e intimidação à imprensa. 

Coordenação : Professora Doutora Verônica Soares da Costa

Integrante: Helena Fernandes Tomaz

Situação: Encerrado

Jornalismo digital e colonialidades do saber e do poder: um estudo a partir do jornalismo científico

DescriçãoDesde a pandemia de covid-19, a ciência ganhou destaque em pautas jornalísticas e impulsionou profissionais de diversas áreas a abordar questões científicas. O conhecimento científico passou a ser apresentado em espaços como política, economia e cultura, além das editorias específicas. Com a diminuição do isolamento social e a chegada das vacinas, a ciência permaneceu relevante na mídia. Surtos como a m-pox e crises socioambientais, como o genocídio dos povos yanomami e a catástrofe climática, continuam a mobilizar jornalistas e pesquisadores. O estudo investiga como o jornalismo nativo digital aborda questões científicas em interfaces com política, aspectos sociais, econômicos e culturais. Além disso, examina como essa abordagem considera os contextos sócio-históricos que estabeleceram a ciência como uma prática dominada por saberes masculinos e colonizadores.

 

Coordenação: Professora Doutora Fernanda Nalon Sanglard 

Integrantes: Jamilly Flores de Lima Rezende e Beatriz Pena (Voluntária) 

Agência de fomento: FIP Puc Minas 2025/32550

Situação: Em andamento (2025)

Projeto Libertha: Relatos sobre censura e intimidação

Descrição: O projeto visa avançar nos estudos de censura e liberdade de expressão a partir de resultados de pesquisa já concluída que buscou monitorar práticas censórias no Brasil no período de 2017 a 2022. O objetivo é compreender o que chamamos de práticas censórias contemporâneas, a partir de relatos de pessoas públicas que foram alvo de intimidação, ameaça à liberdade de expressão ou censura clássica entre 2017 e 2024. O foco é ouvir profissionais do jornalismo, das artes e da educação que foram impedidos ou sofreram tentativa de impedimento de publicar conteúdos, promover debate ou exposição de ideias, tendo a sua liberdade de expressão comprometida.  Em resumo, já compreendidas as engrenagens dos procedimentos censórios, agora o desejo é entender a perspectiva de quem foi vítima de tal processo.

Coordenação: Professora Doutora Verônica Soares da Costa

Integrante: Isabela França Prates

Situação: Em andamento (2025)

Influenciadores da Ciência e Plataformização: disputas em torno da soberania digital e a divulgação da ciência

Descrição

Este projeto investiga o papel dos influenciadores da ciência no contexto da plataformização, analisando como a dependência de plataformas digitais para a disseminação de conhecimento científico impacta questões de soberania digital e científica. A emergência de influenciadores da ciência nas redes sociais tem reconfigurado o cenário da comunicação científica, ao mesmo tempo em que levanta questões éticas e epistemológicas fundamentais. Esses influenciadores, que atuam em espaços mediados por algoritmos, enfrentam o desafio de promover a credibilidade e integridade científica em um ambiente marcado pela desinformação, politização e mercantilização do conteúdo científico. O conceito de “soberania científica” será explorado em conjunto com a “soberania digital”, na medida em que a dependência de grandes plataformas internacionais para a circulação de conteúdo coloca em risco o controle sobre a produção e disseminação do conhecimento. Este trabalho parte do conceito de “plataformização da sociedade” (Van Dijck, Poell, De Waal, 2018) para refletir sobre os desafios que o controle algorítmico e o modelo de negócios das plataformas impõem à divulgação científica.

 

Coordenação: Professora Doutora Fernanda Nalon Sanglard 

Integrantes: Davison Henrique da Silva

Agência de fomento: NPQ PIBIC 2024/ 31599

Situação: Em andamento (2025)

Inteligência artificial e liberdade de expressão

Descrição: O objetivo deste projeto é investigar as interações entre liberdade de expressão e inteligência artificial, com foco nas questões éticas, regulatórias, de moderação de conteúdo e nos perigos do uso para a circulação de discurso de ódio/desinformação. A proposta é realizar uma revisão sistemática de literatura  sobre a intersecção entre inteligência artificial e liberdade de expressão. Isso pode contribuir, em termos de avanços científicos, para identificar lacunas de conhecimento para a produção de pesquisas futuras. A pesquisa é  feita por meio de uma revisão sistemática de literatura com a utilização de ferramentas e scripts de inteligência artificial, com a intenção de criar uma base de dados que inclua informações sobre as imbricações econômicas e sociais que derivam das políticas e usos da inteligência artificial para a exaltação ou cerceamento da liberdade de expressão. 

 

Coordenação: Professora Doutora Verônica Soares da Costa

Integrante: Giovanna de Souza Almeida Silva 

Situação: Em andamento (2024 -2025)

De experts a influenciadores? A ciência e os cientistas na mídia e nas plataformas de mídias sociais

Descrição: Esta proposta de pesquisa dedica-se a acompanhar, analisar, debater e refletir sobre os modos como cientistas, pesquisadores e divulgadores científicos se apropriam das lógicas de comunicação nas plataformas digitais para falarem de ciência e, com isso, ganham visibilidade midiática que os alavanca à categoria de fontes jornalísticas como experts em suas áreas de conhecimento. Conectados em rede e interessados em dialogar com o comumente chamado “público leigo”, os divulgadores de ciência vêm, com mais intensidade desde a pandemia de covid-19, ocupando espaços privilegiados na dispersão de informações científicas dos mais diversos campos de conhecimento, muitas vezes suprindo a lacuna de consumo de informação noticioso sobre ciência derivada da crise do jornalismo hegemônico, enxugamento de redações e encerramento de editorias específicas dedicas à cobertura científica. A partir da repercussão que alcançam em diferentes dispositivos midiáticos, os divulgadores de ciência podem prescindir dos meios tradicionais de informação jornalística para se comunicar com seu público de nicho, mas percebe-se também, com frequência, um movimento contrário, em que tais divulgadores passam a ocupar status privilegiado de fontes jornalísticas uma vez que se destacam como divulgadores em plataformas online. Esse movimento de construção de presença digital e circulação em ambientes midiáticos tradicionais passa por uma contínua negociação com as lógicas das plataformas e de suas empresas proprietárias, ora aproximando-se de estratégias típicas dos influenciadores digitais, ora negando essa perspectiva a fim de promover uma atuação mais voltada às políticas públicas de ciência e tecnologia para combater o domínio das plataformas. Nesse sentido, assume-se uma hipótese de trabalho em que, mais do que caracterizar divulgadores como influencers, a proposta de pesquisa visa compreender os diversos atributos comunicacionais presentes no universo de alguns dos divulgadores mais populares do Brasil, e como essa negociação entre suas ações profissionais, políticas e mercadológicas dão a ver uma nova face da comunicação da ciência no país..

Coordenação: Professora Doutora Verônica Soares da Costa | Integrante: Maria Eduarda Gonzaga

Comunicação, Jornalismo e Colonialidades do Saber e do Poder: Dimensões teóricas, metodológicas e analíticas

Descrição: Este projeto investiga como as colonialidades do poder e do saber influenciam as estratégias narrativas em produtos e processos comunicacionais e jornalísticos. A pesquisa aborda como essas colonialidades moldam a compreensão de eventos, personagens, temporalidades e outros elementos das notícias, manifestações culturais e divulgação científica. Além disso, identifica dimensões éticas, políticas, econômicas, culturais, ideológicas e comportamentais visíveis ou ocultas por essas colonialidades. Os fenômenos investigados incluem violências físicas e simbólicas contra mulheres em narrativas noticiosas, aspectos teóricos e metodológicos das colonialidades do poder e do saber no jornalismo, tradicionalidade no cordel produzido por uma poeta negra, divulgação científica com foco nas relações de gênero e temporalidades relacionadas ao direito ao tempo. O projeto visa identificar estratégias das colonialidades para desenvolver formas de superá-las, partindo da hipótese de que essas colonialidades influenciam amplamente os produtos e processos comunicacionais e jornalísticos. Metodologicamente, envolve análises textuais e revisões teóricas e metodológicas, com abordagens globais e específicas.

Coordenação: Fernanda Nalon Sanglard  Integrante: Marina Mesquita Camisasca

Agências de fomento: CNPQ-FAPEMIG- Projeto BPD-00832-22

Situação: Em andamento

Desinformação e censura à imprensa brasileira

Descrição: O projeto visa pesquisar modos contemporâneos de desinformação e censura no Brasil, focando em censuras, intimidações e agressões contra meios de comunicação e jornalistas de 2017 a 2022. Objetiva-se refletir sobre censura, desinformação, liberdade de expressão e de imprensa, discutindo resquícios autoritários nos modelos democráticos. A pesquisa levantará casos de censura, intimidação e violência de três formas: manualmente, via API de redes sociais, e com scripts de inteligência artificial em Python. Busca-se criar uma base de dados identificando conteúdos censurados, jornalistas e grupos alvo de ataques, incluindo falsos conteúdos sobre eles. Será feita a categorização por período, agentes repressores, gênero dos jornalistas atacados, veículos de comunicação alvo e que divulgaram os atos censórios, repercussão e desfecho dos casos. O objetivo é compreender gestos recentes de censura e desinformação, contribuindo para debates sobre esses fenômenos. Pretende-se também criar um website para consulta de outros pesquisadores e da sociedade civil, expondo os casos levantados.

Coordenação: Fernanda Nalon Sanglard | Integrante: Eduarda de Abreu Oliveira

Agência de fomento: PIBIC/CNPQ- Projeto PIBIC nº 2022/28474

Situação: Encerrado

Práticas censórias e liberdade de expressão no Brasil

Descrição: Este projeto visa à realização de pesquisa no campo da comunicação que envolva reflexão acerca dos conceitos de censura e liberdade de expressão, tópicos que têm estimulado debates acirrados nas esferas públicas recentemente, especialmente nas plataformas de mídias sociais. A ideia central é apreender os casos de cerceamento à liberdade artística que estimularam disputas de repertório e debates nos veículos de comunicação e na sociedade civil.

Coordenação: Fernanda Nalon Sanglard  | Integrante: Davison Henrique da Silva 

Agência de fomento: PIBIC/CNPQ- Projeto PIBIC n° 2023/29541-

Situação: Em andamento

Intimidação e perseguição a jornalistas no Brasil

Descrição: O projeto visa levantar casos de perseguições e ameaças a jornalistas e meios de comunicação ocorridos nos últimos 5 anos no Brasil. Isso inclui homicídios, sequestros, desaparecimentos forçados, detenções arbitrárias, ameaças e linchamentos virtuais sofridos por jornalistas, pessoal de mídia, sindicalistas e empresas de comunicação. Para promover a divulgação científica, será criado um site com um dashboard para visualização dessas estatísticas, tornando os dados públicos para consultas e pesquisas. O projeto também oferecerá um método de coleta de dados de notícias por meio de um script Python, facilitando o uso de instrumentos de inteligência artificial por pesquisadores sem domínio de programação. A pesquisa busca compreender a hostilidade contra jornalistas e a descredibilização da profissão associada à circulação de fake news, contribuindo para o campo da Comunicação Política ao relacionar o cerceamento da mídia com problemas de democracia e esfera pública. Além disso, a proposta se alinha aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, especialmente o Objetivo 16 – Paz, Justiça e Instituições, que visa assegurar o acesso público à informação e proteger as liberdades fundamentais conforme a legislação nacional e acordos internacionais.

Coordenação:  Fernanda Nalon Sanglard | Integrantes: Marina Mesquita Camisasca,  Maiara Orlandini (bolsistas mestres) e Davison Henrique da Silva (bolsista iniciação científica)

Agência de fomento: FAPEMIG- Projeto APQ- 2162-22

Situação: Encerrado

Liberdade de expressão e censura no Brasil

Descrição: o projeto visa à realização de pesquisa sobre a censura contemporânea no Brasil. A proposta envolve produzir levantamento dos atos de censura especialmente à produção artístico-cultural ocorridos no país entre 2017 e 2022, por meio de monitoramento de mídia e análise de conteúdo. O objetivo é construir uma base de dados que inclua as produções culturais que foram censuradas e/ou alvo de ataques, identificando o período em que os episódios ocorreram, os agentes repressores, os veículos de comunicação que divulgaram, a repercussão e o desfecho que tiveram. Busca-se com tal pesquisa compreender o legado autoritário brasileiro e sua relação com os recentes gestos de censura às artes. Parte-se dos conceitos de autoritarismo, censura, desinformação (fake news) e liberdade de expressão para empreender tal reflexão (CARLSSON, 2016; MAIA et al., 2020). Espera-se que, por meio da análise dos conteúdos que foram publicados em mídias jornalísticas e em plataformas de mídias sociais, seja possível contribuir com os
debates acerca desse fenômeno. Pretende-se ainda criar um banco de dados público que sirva de material para outros pesquisadores e para a sociedade civil, como forma de proporcionar exposição e discussão dos conceitos e dados coletados.

Coordenação: Fernanda Nalon Sanglard | Integrantes: Lorena Marcelino, Letícia Torres e
Letícia Lanes (bolsistas de iniciação científica).

Agência de fomento: FIP/PUC-MG- Projeto FIP-2023/29002-1S

Situação: Encerrado

Censura e liberdade de imprensa no Brasil

Descrição: O projeto pesquisa a censura contemporânea no Brasil, focando nas ameaças e agressões aos meios de comunicação e jornalistas. Busca refletir sobre censura, liberdade de expressão e imprensa, discutindo questões democráticas com resquícios autoritários. A pesquisa inclui uma revisão bibliográfica e sua relação com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, como paz, justiça, igualdade de gênero e educação de qualidade. Será feito um levantamento dos atos de censura e ameaças nos últimos cinco anos por meio de monitoramento de mídia e análise de conteúdo.

O objetivo é criar uma base de dados identificando conteúdos censurados e atacados, categorizando o período das ocorrências, agentes repressores, gênero dos jornalistas atacados, veículos de comunicação alvo e a repercussão e desfecho dos casos. Busca-se compreender o legado autoritário brasileiro e os recentes gestos de censura, contribuindo para os debates sobre o tema. Além disso, será criado um website para consulta de pesquisadores e sociedade civil, expondo os casos levantados.

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